5 de fevereiro de 2011

Protestos no Egito

    Nos últimos dias, a imprensa em geral, destaca a revolta egípicia cujo epicentro
de manifestações concentra-se na praça Tahrir (libertação), no Cairo.
    O continente recentemente assistiu a deposição do ditador tunisiano Zine el
Abidine Ben Ali cuja eficácia dos protestos, embora primitivos, incentivaram o
povo egípicio no intuito de provocar a derrubada de Hosni Mubarak, há 30 anos
no poder.
    O progresso das civilizações é um fato inexorável, pois pertence a ordem na_
tural. A Africa, berço da humanidade, possui uma conjuntura política anacrônica
em alguns de seus países: ditaduras, teocracias.. esta segunda, receia-se que ga_
nhe força e legitimidade para ocupar o vácuo político que vislumbra-se com a
possível derrubada do regime atual. Essa dicotomia de organização sociopolítica
sofre naturalmente a influência das democracias ocidentais as quais, com a glo_
balização penetram nessas sociedades e incitam a progredir.
    O período de transição, rumo a democracia é uma etapa necessária de modo
que em um ambiente de maior liberdade de pensamento e de consciência, ideais
inovadores surjam naquelas nações.
    A guerra, conflito destinado a desaparecer da agenda humana ainda é uma
forma de progresso subsidiário. Assume o protagonismo quando a racionalida_
de é incompleta e o senso moral pouco desenvolvido e servem de impulso a
própria lei do progresso e da liberdade. O progresso, apesar da recusa de
alguns que o negam, é um fato natural, nem sempre compreendido; sua realida_
pode-de aferir historicamente: costumes, hábitos e práticas ancestrais vão
gradualmente sendo abolidas. O estudo aprofundado dessas questões nos
demonstram a efetividade dessa afirmação:
      As idéias somente se transformam ao longo do tempo e não subita_
mente. De geração a geração vão se enfraquecendo e acabam por desa_
parecer pouco a pouco junto com seus seguidores, substituídos por outros
indivíduos inspirados por novos princípios, como ocorre com as idéias
políticas. Observai o paganismo; não há ninguém que atualmente aceite
suas idéias religiosas; entretanto, muitos séculos após o surgimento do
Cristianismo, ainda há traços do paganismo que somente a completa
renovação das raças pode apagar. Allan Kardec - Livro dos Espíritos
       Inegável o caráter de avanço humano, o qual sofre interrupções, ou seja
sujeita-se muitas vezes a estagnação, devido ao embaraço que parcelas de
indivíduos ainda arraigados à concepções inflexíveis introduzem no seio social.
Entretanto retroagir é impossível. Ações e modos aparentemente evidenciado_
res de um recuo nas formas de pensar e conduzir-se, apenas ressaltam um
estado de consciência ainda não superado, o qual gerencia ainda a personali_
dade. O equívoco de chegar-se a extremos:
       787 Não há raças que por sua natureza são rebeldes ao progresso?

       – Sim, mas estas se destroem, corporalmente, a cada dia.
       São mecanismos que obedecem a lei de destruição, e propiciam a reno_
vação, engengram a liberdade em estágios cada vez mais adiantados, pois a
substituição de uma civilização por outra que lhe toma o lugar gera aperfeiço_
amento.
        A democracia em fase de elaboração no ocidente, também tende a ser
superada. Atualmente é uma ramificação da predominância da aristocracia,
débil que prevalece. Em artigo aqui postado entitulado: As Aristocracias
é possível entender sua presença incontestável, suas facetas e a próxima
etapa a adentrar-se.
        É demasiado prematuro ter a pretensão de creditar-se a democracia,
travestida de um aristocracia ainda primária: apenas intelectual, sem o
aliçerce moral e entendimento teleológico adequado, a primazia de ser a
melhor forma de governo, quando diariamente as leis morais, físicas e
éticas nos descortinam novos horizontes, demonstrando e revelando novas
subleis, as quais desenvolvem as primeiras fazendo-nos participar de seu
funcionanamento intrínseco, crendo e sobretudo compreendendo.
        

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